Por Poliana Nunes
Comunicação CFC
O Conselho Federal de Contabilidade (CFC) sediou a 7ª edição do FBC Connect – Inspirando mentes, despertando potencialidades. O evento da Fundação Brasileira de Contabilidade foi promovido nesta quarta-feira (13) e teve como objetivo discutir a aplicação, na contabilidade, de práticas ESG (Ambiental, Social e Governança, sigla traduzida).
Na palestra de abertura, o presidente em exercício do CFC, Joaquim Bezerra, parabenizou os participantes e destacou o papel das instituições na constante promoção de debates, sobretudo aqueles que envolvem os aspectos climático, global e de sustentabilidade. “Nós precisamos fazer a nossa parte, seja na condução das boas práticas, seja no papel das instituições, que é promover o debate e levar aos mais distantes rincões a mensagem que nós defendemos”, disse.
O presidente em exercício lembrou que a contabilidade também se insere na narrativa de sustentabilidade. “Viveremos o momento em que o mercado, o valor das ações, o consumo, a economia estará pautada no caminho das práticas de sustentabilidade, como práticas vitais de permanência no ambiente, no mercado. Nós não só queremos fazer parte, como estamos aqui nos colocando na linha de frente do protagonismo ativo”, ponderou.
Esta edição do FBC Connect foi dividida em dois painéis. O primeiro, mediado pela vice-presidente Técnica do CFC, Ana Tércia Rodrigues, teve como tema “Organizações da Sociedade Civil – Questões atuais relevantes: Contabilidade, Sustentabilidade e Governança”. Os expositores foram o contador, professor e Diretor de Administração e Finanças da Academia Brasileira de Ciências Contábeis (Abracicon), José Antônio de França, e o procurador de Justiça do Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios (MPDFT), José Eduardo Sabo Paes.
“A gente tem falado tanto da sustentabilidade e da governança, que penso que o momento é de construção desse conhecimento. Precisamos disseminar a mensagem do que está acontecendo nesse momento com a contabilidade brasileira e global, e como o Brasil está inserido nesse contexto”, disse Ana Tércia. A contadora também provocou a discussão sobre desenvolvimento e sustentabilidade. “Estamos vivendo um paradoxo que é o desenvolvimento econômico, que precisa avançar, mas precisamos fazer isso de forma sustentável”.
Na linha deste pensamento, Eduardo Sabo comentou que o desenvolvimento econômico não pode se distanciar do desenvolvimento social. “Eu vejo uma série de discussões que muitas vezes colocam o desenvolvimento econômico à frente do social. Isso é incabível, ao mesmo tempo em que eu percebo que só o crescimento e os resultados positivos no desenvolvimento econômico podem propiciar o desenvolvimento social”. Sabo afirmou, ainda, que só se tem desenvolvimento econômico e social na medida em que tudo o que se faz deve ser realizado com eficiência. “Eficiência significa governança efetiva”.
Para fechar as discussões do primeiro painel, José Antônio de França comentou sobre a atuação do serviço público não estatal e o impacto nas ações sociais. Ademais, reforçou a colaboratividade. “Governança é ampla, é a partir dela que se pode ter resultados. A governança é colegiada, é compartilhada, então é por meio dela que se consegue obter os resultados que a sociedade precisa”, disse.
O evento seguiu com o painel “Litigância Climática, Democracia Ambiental e Relatórios de Sustentabilidade” e está disponível no canal da FBC no Youtube.